Havelange e Teixeira estão sendo denunciados. |
Documentos obtidos pela BBC junto à Justiça suíça indicam que o ex-presidente da Fifa, João Havelange, e Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), teriam recebido cerca de US$ 60 milhões - mais de R$ 100 milhões, em subornos da empresa de marketing esportivo ISL. É essa avaliação do jornalista Andrew Jennings, durante audiência na comissão de Educação do Senado.
O jornalista, que investiga a Fifa há 20 anos, recomendou à presidente Dilma Rousseff que se afaste dos dirigentes da Fifa e da CBF. “Caso contrário sua Copa do Mundo vai ter uma sombra”, disse. De acordo com as estimativas de Jennings, a ISL, que faliu em 2001, teria pagado mais de US$ 100 milhões a dirigentes esportivos enquanto intermediava contratos de empresas privadas com a Fifa.
Ele estimou os valores com base em um documento da corte de Zug, inferindo que Havelange teria recebido US$ 50 milhões por meio da empresa Sicuretta, com base em Luxemburgo. Teixeira teria arrecadado quase US$ 10 milhões por meio da empresa Sanud - que em uma investigação do Senado aparece como sendo de propriedade do presidente da CBF.
“Não há provas conclusivas, mas é isso que podemos inferir. Poderemos saber mais daqui, no máximo, 12 meses, quando a Justiça suíça divulgar um acordo feito para restituir parte desses subornos”, afirmou o britânico.
Nesse acordo, Havelange e Teixeira teriam pago cerca de 2 milhões de francos suíços – o equivalente a R$ 4 milhões – para devolver parte da quantia e não terem seus nomes divulgados.
fonte: uol.com.br
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