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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Tênis - Destaque Feminino Brasil


Ela é disparada a melhor brasileira no ranking da WTA (Associação das Tenistas Mulheres). Teliana Pereira, 24, ocupa a 164ª posição na lista --é a única do país no top 300-- e alcançou esse status graças a uma "vaquinha".

"Meu melhor ano aconteceu graças aos meus amigos", afirmou a alagoana, que vive no Paraná desde os sete anos.

"Tem umas dez pessoas que me conhecem desde pequena e todo mês eles depositavam quanto podiam para me ajudar a viajar", disse.

Agora, contando com suporte financeiro da CBT (Confedração Brasileira de Tênis) com quem fechou contrato recentemente, Teliana almeja objetivo maiores.

Ela inicia a temporada disputando qualifying (classificatórios) de grandes torneios como Brisbane, Hobart e o Aberto da Austrália.

"Meu principal objetivo é entrar no top 100", afirmou Teliana --a última brasileira a figurar no grupo foi Andrea Vieira em abril de 1990. "E, para isso, tenho que estar no meio das melhores."

Ela vai ter que subir o nível, e bastante. Em 2012, a brasileira conquistou três torneios menores, com premiação de US$ 25 mil. Nessas campanhas, sua vitória mais contundente foi sobre a espanhola Estrella Cabeza Candela, então a 127ª do ranking.

O Torneio de Brisbane, primeiro qualifying a ser enfrentado por Teliana, distribui mais de US$ 650 mil em prêmios e conta com estrelas do porte de Victoria Azarenka, Maria Sharapova, Serena Williams e Petra Kvitova.

"Vou ter que ter paciência. Estou ciente de que vou perder muito mais do que estava perdendo até agora", reconhece. "Mas vou ter de me acostumar com isso."
Mesmo que não consiga superar o qualifying nas primeiras tentativas, ela já deve entrar direto em pelo menos um evento da elite da WTA.

Teliana Pereira, número 1 do ranking brasileiro, durante treino em Curitiba

Em fevereiro, Florianópolis abrigará o primeiro evento de elite do circuito feminino no Brasil desde 2002, quando a Costa do Sauipe também contou com uma chave de mulheres. Dona do torneio, a CBT tem direito a convidar tenistas sem ranking para entrar direto na chave.
Filha de um boia-fria que deixou o Nordeste para trabalhar como pedreiro numa academia de tênis em Curitiba, Teliana trabalhou como boleira no local antes de entrar em quadra. Hoje grande parte de sua família está envolvida com o tênis.

Além do pai, que continua no ramo de construção de quadras, o irmão mais velho, Renato, 27, é seu treinador. E um dos mais novos, José Pereira, 21, também é tenista profissional e ocupa a 352ª posição no ranking mundial.

Apesar do suporte financeiro, Teliana vai para a primeira parte da temporada sozinha. "Infelizmente, o Renato não vai poder ir desta vez, mas já estou acostumada.".




fonte: folha.com

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