A organização da Copa-2014 já custa ao Brasil cerca de R$ 28 bilhões, segundo anunciou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes e coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo (Gecopa), durante entrevista coletiva hoje, no Rio.
O valor corrigido corresponde a um aumento de R$ 1,5 bilhão em relação ao último número anunciado (R$ 26,5 bilhões, em fevereiro passado).
O programa Bolsa Família, por exemplo, vai gastar R$ 21,4 bilhões neste ano. Este, porém, é dinheiro apenas do governo federal, ao contrário da Copa que atinge as três esferas.
Segundo o próprio ministério, a previsão é que os investimentos para o Mundial alcancem R$ 33 bilhões --o país vai custear 85,5% das obras relacionadas ao evento, com dinheiro dos governos federal, estaduais e municipais.
Fernandes disse que a maior parte dos investimentos (R$ 9 bilhões) acontecerá em projetos de mobilidade urbana e transporte público, que deixarão legado pós-Copa; são 51 obras ao todo, nas 12 cidades-sede.
O ministério divulgará uma nova atualização da Matriz de Responsabilidade --documento que lista os gastos com obras relacionadas ao Mundial e aponta os responsáveis por arcar com os custos-- em julho, após a Copa das Confederações.
Durante a coletiva de hoje, no Maracanã, Fernandes e os representantes da Fifa procuraram dissociar os protestos vistos em diversas capitais brasileiras dos gastos públicos para a realização da Copa das Confederações e da Copa-2014.
"Não há uma oposição generalizada à realização da Copa do Mundo, ao contrário. Há largo apoio na população brasileira para os eventos", disse o secretário-executivo dos Esportes.
"Pode haver setores que estão desinformados sobre a Copa do Mundo: ela é uma oportunidade de investimento em políticas estruturais que estimulem o desenvolvimento local e regional no Brasil. O investimento em estruturas e serviços que vão melhorar a vida dos brasileiros após a Copa é óbvio", disse Fernandes.
fonte: folha.com
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