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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Atletismo - Mundial Paralímpico

Yohansson do Nascimento e Verônica Hipólito haviam conquistado o ouro com recorde mundial dos 200m respectivamente das classes T46, para amputados nos membros superiores, e T38, para paralisados cerebrais, do Mundial Paralímpico de Atletismo.

A expectativa nesta quarta-feira, em Lyon, na França, era que os resultados se repetissem nas principais provas dos dois, os 100m. Porém, ele ficou com o bronze em uma prova emocionante, e a piadista Verônica levou a prata. Pela primeira vez desde o início do torneio, o Brasil encerra um dia sem ganhar um ouro na cidade francesa, permanecendo em quarto lugar do quadro de medalhas com nove ouros, cinco pratas e 11 bronzes, três ouros atrás da Rússia e um abaixo de Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Yohansson Mundial de Atletismo (Foto: Marcio Rodrigues / Mpix / Cpb) 
Yohansson tentou e ficou com o bronze no limite (Foto: Marcio Rodrigues / Mpix / Cpb)
 
A primeira medalha brasileira do dia saiu no lançamento de peso F11, para atletas cegas, com Izabela Campos. Pela manhã, Terezinha Guilhermina avançou para a final dos 400m T11, prova na qual seu guia, Guilherme Santana, se contundiu nas Paralimpíadas de Londres. Sua chance de dar a volta por cima será nesta quinta-feira, a partir das 13h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV 3. Também nesta quinta-feira, Alan Fonteles volta às pistas para a semifinal dos 400m T43, e Odair Ferreira dos Santos tentará nos 1.500m T11 a sua terceira medalha de ouro na competição.


Yohansson entrou na pista para defender o seu título mundial, conquistado em 2011, na Nova Zelândia. Em Lyon, já havia levado o ouro dos 200m com recorde mundial. Desta vez, o alagoano largou mal e fez uma corrida de recuperação, com um final emocionante. A diferença dele para o australiano Gabriel Cole, que projetou a cabeça e o corpo para frente, foi de 0s03, 10s96 contra 10s99. Valeu a prata. O polonês Michal Derus chegou na frente também com uma margem ínfima, 10s93. Outro brasileiro na prova, Bruno Araujo ficou em último, com 11s39.

- Fiz uma corrida de recuperação. O esporte paralímpico está sendo decidido no detalhe. Não é porque ganhou os 200m que vai ganhar os 100m também. Da mesma forma que eu estava bem preparado, os meus adversários também. O campeão da Paralimpíada nem foi para a final – disse Yohansson.
A prova dos 100m não foi encarada como uma redenção por Yohansson. Nas Paralimpíadas de Londres, ele se contundiu na largada da prova e completou o trajeto se arrastando, em um momento que causou comoção no público.

“Corrida feia” e nova piada
Verônica entrou na pista na prova anterior a de Yohansson. As expectativas por um novo ouro eram justificadas. Na semifinal do dia anterior ela havia quebrado o recorde mundial, com 13s19. Fez o sinal da cruz e largou. Muito mal. A recuperação lhe valeu a medalha de prata, com 13s26, 0s16 atrás da campeã, a amiga e rival Sophie Hahn, da Grã-Bretanha. Novo recorde mundial. Depois da prova, ela se cobrou bastante e criticou a sua performance: 

- A minha corrida foi feia. Na largada eu arrastei o pé e quase caí no chão. A culpa foi minha. Peço desculpas por todos aqueles acreditaram em mim. Ganhei nos 200m, mas teve muito mais gente que acreditou em mim nos 100m, minha prova principal. Quero pegar o recorde mundial de novo.

Veronica Hipolito mundial Lyon (Foto: Getty Images) 
 Verônica levou a prata no Mundial de Lyon, nesta quarta-feira (Foto: Getty Images)
 
Aos poucos, a Verônica bem humorada foi voltando. A menina que entrou para o esporte paralímpico há apenas três meses, que superou um AVC e um tumor, lamentou o fato de ter a aposta com a médica da delegação, Andréa Batista. Se ganhasse as duas provas, poderia comer pizza de quatro sabores, justamente na principal cidade gastronômica da França. Depois da piada do pônei, na final dos 200m, ela apresentou mais uma pérola de seu arsenal:

Na sexta, Verônica vai disputar o salto em distância. Uma nova piada é aguardada.





fonte: globoesporte.com

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