Às 16h30 (de Brasília), uma equipe formada exclusivamente por jogadores que atuam no Brasil (e ainda assim desfalcada) enfrenta a seleção da Bolívia, na cidade de Santa Cruz de la Sierra.
A partida foi anunciada pelo presidente da CBF como um evento em homenagem a Kevin Beltrán Espada, 14, o estudante morto durante a partida entre Corinthians e San José, pela Libertadores, no dia 20 de fevereiro.
A federação boliviana explicou então que a renda teria que ser dividida com os campeões do Sul-Americano de 1963, que devem acompanhar a partida hoje, além de ter de cobrir outros custos. Isso chateou o pai de Kevin, o professor Limbert Beltrán.
À tarde, o presidente da federação boliviana declarou que iria "fazer de tudo" para ter o pai do garoto a seu lado no amistoso com o Brasil.
À noite, Beltrán conversou de novo com a reportagem. Ele disse que recusou o convite da federação, que o procurara no fim da tarde, e que viajaria de Cochabamba (sua cidade) a Santa Cruz de la Sierra para falar com parlamentares brasileiros que estão em missão na Bolívia.
Uma comitiva de oito deputados federais esteve nesta semana em La Paz e Oruro, na tentativa de amenizar a situação dos 12 torcedores do Corinthians presos no país, acusados de participar da morte de Kevin.
Há ainda esse componente político no jogo de hoje à tarde. Um desses deputados é Vicente Cândido (PT-SP), sócio de Marco Polo Del Nero e conselheiro do Corinthians. Ele viajou para a Bolívia para negociar uma indenização do clube à família do garoto.
foto: Silvia Isquierdo
Em meio a tudo isso, há a partida, que vale pouco para a preparação da seleção brasileira rumo à Copa das Confederações, já que a convocação teve muitas restrições impostas pelo calendário das equipes brasileiras.
Felipão só chamou um atleta de Grêmio e Fluminense, por exemplo, que se enfrentam na semana que vem pela Taça Libertadores.
fonte: folha.com | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nenhum comentário:
Postar um comentário