O Brasil iniciou muito bem o Pan-Americano de judô, na Costa Rica. Dos nove atletas que foram ao dojô nesta sexta-feira, oito conquistaram medalhas. Rafael Silva, Mayra Aguiar, Victor Penalber e Renan Nunes lideraram a delegação e levaram o ouro em suas categorias. A seleção brasileira mostrou sua força no continente e ainda somou duas pratas e dois bronzes na abertura da competição.
O meio-médio (-81kg) Victor Penalber teve o melhor desempenho do dia e conquistou o ouro vencendo todas as lutas por ippon. Com o peso de substituir Leandro Guilheiro, que se recupera de uma cirurgia no joelho direito, Victor pegou uma chave difícil. Logo em seu primeiro confronto, o brasileiro bateu o americano Travis Stevens, que tirou Guilheiro da disputa pelo ouro nos Jogos de Londres. O mexicano Eduardo Avila não durou nem um minuto diante de Vitor, que ainda superou o cubano Ivan Silva e o argentino Emmanuel Lucenti, ambos por estrangulamento. Na final, Victor conseguiu mais um golpe perfeito diante do favorito canadense Antoine Valois-Fortier, medalhista de bronze em Londres.
Tiago Camilo também teve um caminho e ippons até a final dos médios (-90kg). O mexicano Isao Cardenas foi imobilizado, enquanto o dominicano Cristian Gomera e o chileno Thomas Briceño foram derrubados por Tiago. Na decisão, porém, o cubano Asley Gonzalez, atual vice-campeão olímpico, conseguiu um wazari no meio da luta e segurou a vantagem até o estouro do cronometro. Apesar de mostrar mais agressividade nos instantes finais da luta, Tiago Camilo ficou com a prata.
Entre os meio-pesados (-100kg), dois brasileiros subiram ao pódio. Um dos favoritos na categoria, Luciano Corrêa passou pelo uruguaio Manuel Bueno e pelo argentino Hector Campos, mas foi derrotado no golden score pelo cubano Jose Armenteros na semifinal. Ele ainda se recuperou e bateu o mexicano Sergio Garcia na disputa pelo bronze. Luciano foi vingado por Renan Nunes. O brasileiro dominou as lutas contra o equatoriano Jose Merlin, Sergio Garcia e o canadense Dilyaver Sheykhisyamov. Na decisão contra o cubano, não foi diferente. Renan imobilizou o rival e levou o ouro.
Medalhista de bronze em Londres, Rafael Silva, o Baby, fechou a participação masculina no dia com mais um ouro. O peso pesado (+100kg) não deu espaço ao canadense James Macmanus, ao colombiano Luis Salazar e ao cubano Alex Mendonza. A decisão, por outro lado, foi dura. O cubano Oscar Brayson levou a luta para o golden score, mas Baby encaixou um golpe perfeito para levar a competição.
Entre as mulheres, a gaúcha Mayra Aguiar foi a única a subir ao posto mais alto do pódio. A meio-pesada (-78kg) estava há oito meses longe das competições por conta de uma cirurgia no ombro direito e mostrou que está recuperada. A medalhista de bronze em Londres precisou de apenas 23 segundos para aplicar o golpe perfeito na mexicana Sandra Zavala. As canadenses Amy Cotton e Catherine Roberge também não foram páreo para Mayra, que levou o ouro com dois wazaris por luta na semi e na final.
Musa do judô, Katherine Campos mostrou que não manda bem apenas em ensaios sensuais. A meio-médio (-63kg) chegou à final após bater a canadense Catherine Beauchemin, a equatoriana Estefania Garcia e a venezuelana Wisneybi Machado. No entanto, teve de se contentar com a prata ao ser derrotada pela cubana Maricet Espinosa por ter sido punido uma vez mais que a rival.
A última medalha brasileira foi conquistada pela pesada (+78kg) Rochele Nunes. Estreante na competição, ela foi derrotada já em sua primeira luta pela Heidy Abreu, mas foi à repescagem, bateu a venezuelana Giovanna Blanco e a mexicana Vanessa Zambotti para ficar com o bronze.
Na delegação brasileira, apenas a peso médio (-70kg) Maria Portela não conquistou medalha. Depois de ser batida pela equatoriana Vanessa Chala na estreia, ela foi à repescagem e chegou à disputa do bronze, mas sofreu nova derrota, agora diante da colombiana Yuri Alvear, que também a eliminou nas Olimpíadas de Londres.
fonte: globoesporte.com
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