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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Atletismo - Balanço do Brasil no Mundial

Dezoito hinos nacionais soaram no estádio Luzhniki, não o brasileiro. A bandeira verde-amarela sequer foi erguida como as de outros 38 países. 
O Brasil deixou o Mundial de Atletismo em Moscou zerado, sem medalhas, justamente no início de um ciclo olímpico em que será o anfitrião. 
Apesar do desempenho um tanto tímido, a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), que evitava fazer projeções antes da competição, ressalta o crescimento do número de finalistas como ponto positivo (veja no vídeo ao lado a final do revezamento 4x100m feminino, em que a equipe brasileira esteve perto de ganhar uma medalha, mas deixou o bastão cair).

mundial de atletismo Mauro vinícius da silva duda salto em distância (Foto: Agência Getty Images)O brasileiro Mauro Vinicius da Silva, o Duda, durante a disputa no Mundal (Foto: Agência Getty Images)






Em Moscou, o Brasil colocou oito atletas no Top 8 de suas provas, e ainda teve Augusto Dutra como o 11º do salto com vara, dentro da final. Esses números são melhores que os da edição de Daegu, Coreia do Sul, em 2011, quando apenas quatro brasileiros entraram no Top 8, além das finalistas Maurren Maggi, na 11ª posição do salto em distância, e Keila Costa, 12ª do salto triplo. No entanto, o título de Fabiana Murer no salto com vara, único ouro do país em Mundiais, minimizou o baixo número de finalistas.
A diferença deste Mundial para os últimos é o investimento maior da CBAt, que bancou campings internacionais para os principais nomes brasileiros. Ainda assim, o resultado não veio. Antonio Carlos explica que a entidade está sob nova direção - ele mesmo está no cargo de superintendente há menos de seis meses. Presidida por José Antonio Martins Fernandes, a gestão iniciou uma reestruturação focada no desenvolvimento da base e só deve começar a colher frutos para as Olimpíadas de 2020. Para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, a entidade direciona seus investimentos nos destaques como um plano emergencial.
Carlos Chinin comemora sexto lugar no decatlo e já foca no Rio 2016  (Foto: Reuters)Carlos Chinin comemora sexto lugar no decatlo
e já foca no Rio 2016 (Foto: Reuters)











O fato de o Brasil não ter subido ao pódio em Moscou não mudará o plano emergencial da CBAt para o Rio 2016. O projeto contemplará os atletas no Top 20 de suas provas e os revezamentos que estiverem no Top 10. Eles receberão suporte financeiro do Ministério do Esporte, apoio com estrutura de treinamento oferecido pela CBAt, além de viagens para competições e camping internacionais bancados pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Atletas jovens no Top 40 também serão prestigiados. No entanto, a entidade máxima do atletismo pretende afunilar esse grupo ano após ano.
Tabela mundial de atletismo (Foto: Globoesporte.com)
Os sete finalistas de provas individuais e os atletas dos revezamentos 4x100m feminino e 4x400m masculino estarão na lista de destaques. Os dirigentes da CBAt ainda se reunirão para traçar novos objetivos para o Mundial de Pequim, em 2015, e para os Jogos do Rio, mas já é consenso entre eles a necessidade de um projeto forte para os maratonistas e para o quarteto do 4x400m masculino, que tem média de idade de 23 anos.
- Vamos focar as áreas em que estamos tendo resultado. Já notamos que dá para investir no revezamento 4x400m masculino, que tem atletas jovens. O Anderson Henriques foi uma surpresa boa, chegando à final individual e ajudando muito o revezamento a ir à decisão. Notamos também que o mundo tem uma fragilidade na maratona. Estamos na cola dos africanos. Temos muito potencial. O Mundial de Pequim vai dar o tom da participação brasileira no Rio 2016 - afirmou Ricardo D’Angelo, treinador-chefe da delegação verde-amarela.



fonte: globoesporte.com

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