Lideradas por Rafaela Silva, as meninas da seleção deram um verdadeiro "show das poderosas" no Maracanãzinho e conquistaram seis das sete medalhas brasileiras no torneio, terminando com o título no feminino e com o vice-campeonato por equipes. No geral, o país ficou em quarto na classificação.
Além de garantir a melhor campanha do judô brasileiro em mundiais, considerando o número de medalhas, e bater a meta estabelecida pela Confederação Brasileira de Judô, o país ainda conseguiu um feito inédito com Rafaela Silva. A carioca da Cidade de Deus se tornou a primeira mulher do judô nacional a ser campeã mundial. Gestor de alto rendimento da CBJ, Ney Wilson festejou o desempenho da equipe feminina.
- Foi maravilhosa, excepcional. Não me surpreende. É uma equipe muito jovem e cascuda. É uma equipe com dois Jogos Olímpicos. É uma equipe, além de talentosa, experiente, que usou a estrutura Brasil, a torcida ao seu favor. A disputa por equipes é uma prova disso. E só me dá orgulho ao ver a atitude delas no tatame. Eu sempre digo que, na final, a gente não ganha o ouro, perde a prata. Mas, excepcionalmente na final por equipes, ganhamos a prata. Ela (equipe) não respeitou, enfrentou o Japão de igual para igual. Por muito pouco não ficou com o ouro.
- Foi maravilhosa, excepcional. Não me surpreende. É uma equipe muito jovem e cascuda. É uma equipe com dois Jogos Olímpicos. É uma equipe, além de talentosa, experiente, que usou a estrutura Brasil, a torcida ao seu favor. A disputa por equipes é uma prova disso. E só me dá orgulho ao ver a atitude delas no tatame. Eu sempre digo que, na final, a gente não ganha o ouro, perde a prata. Mas, excepcionalmente na final por equipes, ganhamos a prata. Ela (equipe) não respeitou, enfrentou o Japão de igual para igual. Por muito pouco não ficou com o ouro.
Quem decepcionou foi a seleção masculina. Mesmo com dois líderes do ranking em ação, os homens ganharam apenas uma medalha, a prata com Rafael Silva, no último dia de disputas individuais. Para piorar, o pódio considerado certo no Mundial por equipes também não veio, e o Brasil acabou eliminado ainda na primeira rodada pela Alemanha. No entanto, Ney garante que os resultados ruins no masculino não preocupam:
- Não é uma coisa que me decepcione ou me cause muita preocupação. É uma seleção ainda nova. Temos que dar tempo para que o atleta ganhe "caixa". O Penalber, por exemplo, não subiu no pódio aqui no Mundial porque pesou para ele. Assim como o Chibana. Tem algumas categorias que são mais difíceis para a renovação. A da Mayra (78kg), o 63kg (Katherine). No masculino, o 73kg do Bruno (Mendonça) e o 90kg, que hoje está muito bem servido com o Tiago Camilo. Eles precisam ter sempre uma sombra atrás deles. Isso é bom, faz a categoria crescer - disse Ney.
Quem já se prepara para receber o Mundial de judô do próximo ano, entre os dias 24 e 30 de agosto de 2014, é a cidade de Chelyabinsk, na Rússia.Quem também roubou a cena no Mundial do Rio foi o gigante francês Teddy Riner. Antes de entrar no tatame, ele aproveitou as praias da Cidade Maravilhosa. Mas quando entrou, nada de brincadeira. Ele bateu Rafael Silva na final do peso-pesado (+100kg) e faturou o sexto título mundial da sua carreira.
DIA 1: Kitadai, Sarah, e o urso misterioso
O Brasil deu o pontapé inicial no tatame do Maracanãzinho com dois medalhistas olímpicos. Com grande expectativa de pódio sobre Sarah Menezes e Felipe Kitadai, o primeiro dia do Mundial não foi do jeito que os brasileiros esperavam. Bronze nos Jogos de Londres, o paulista não contava com a eliminação logo na primeira luta. Após a derrota para o sul-coreano Won Jin Kim, Kitadai foi às lágrimas.
Já a atual campeã olímpica dos ligeiros sonhava com mais um ouro inédito em sua carreira. No entanto ele não veio. A piauiense perdeu na semifinal para a mongol Urantsetseg Munkhbat e decidiu o bronze em um combate emocionante com a norte-coreana Sol Mi Kim.
No último segundo de luta, Sarah conseguiu um ippon e garantiu seu lugar no pódio. Na comemoração, ela foi parar no colo de um torcedor misterioso fantasiado de urso, que a jogou para a galera. (saiba de onde saiu o urso)
DIA 2: prata para Érika, e ouro inédito para Kosovo
A busca pelo primeiro ouro feminino brasileiro em mundiais continuou na terça-feira. E a cada dia a medalha ficava mais perto. Se o choro de Eleudis Valentimchamou a atenção após eliminação na segunda luta para a japonesa Yuki Hashimoto, Érika Miranda foi avançando fase a fase. A brasiliense chegou à final, mas viu Majlinda Kelmendi conquistar a primeira medalha de ouro em mundiais, entre todas as modalidades esportivas, para o Kosovo. Érika foi prata.
Entre os homens do meio-leve, Luiz Revite caiu na estreia, e Charles Chibana parecia que levaria a primeira medalha no masculino. Mas depois de quatro ippons nas eliminatórias, perdeu a semifinal e também a disputa pelo bronze, terminando na 5ª colocação.
DIA 3: Rafaela faz história no Maracanãzinho
A quarta-feira começou com mais três brasileiros em ação. Bruno Mendonça e Ketleyn Quadros não passaram da fase eliminatória. Já Rafaela Silva fez história para o judô feminino brasileiro. A carioca da Cidade de Deus quase deu adeus ao sonho do ouro na segunda luta, quando perdia para a romena Loredana Ohai e só conseguiu a vitória com um wazari a 15 segundos do fim.
Daí em diante, só vitórias. E sobrou para a americana Marti Malloy o ippon na final que rendeu ao Brasil a primeira medalha de ouro das mulheres em mundiais. Rafaela saiu do tatame do Maracanãzinho ovacionada.
DIA 4: Brasil passa em branco
A torcida parecia de futebol, os gritos também. Em casa, no Rio, Victor Penalber ganhou o carinho dos amigos e familiares, que fizeram muito barulho nas arquibancadas. O carioca começou no ritmo das batucadas e venceu as duas primeiras lutas por ippon. Mas depois teve pela frente o francês Loic Pietri, que o venceu e terminou com o título do Mundial entre os meio-médios (81kg). Katherine Campos foi eliminada na segunda rodada, pela holandesa Anicka Van Emden, medalhista de bronze. (saiba como foi a quinta-feira do Mundial)
Dia 5: Mayra Aguiar é bronze, e francesa Lucie Décosse se aposenta
Sem a americana Kayla Harrison na disputa, a expectativa era de título mundial para Mayra Aguiar. Mas a meio-pesado perdeu nas quartas de final e foi para a repescagem. Ganhou duas lutas e garantiu seu terceiro pódio em mundiais adultos. Já a médio Maria Portela não teve a mesma sorte. Na repescagem, ela parou na campeã olímpica e tricampeã mundial Lucie Décosse. A francesa disputou o bronze, não foi ao pódio, mas fez a última luta da sua carreira para seaposentar aos 32 anos. Ela foi aplaudida de pé pela torcida francesa.
O masculino do Brasil chegou ao quinto dia de disputas e permaneceu sem medalhas. Eduardo Santos, que substituiu Tiago Camilo, cortado, perdeu na estreia.
DIA 6: Baby ganha única medalha dos homens; distraído, egípcio leva ippon
Foi apenas no último dia da competição individual que saiu a primeira, e única, medalha do judô masculino brasileiro no Mundial do Rio. A tarefa coube a Rafael Silva, que enfrentou o gigante francês Teddy Riner na final mais esperada da competição. Mas o brasileiro não resistiu, viu o rival ser hexacampeão mundial no Maracanãzinho e teve que se contentar com a prata. Luciano Correa e Renan Nunes, no meio-pesado, caíram ainda pela manhã.
Líder do ranking dos pesados, Maria Suelen Altheman perdeu a final para a campeã olímpica Idalys Ortiz e ficou com a prata, fazendo com que o Brasil terminasse em primeiro lugar geral no quadro de medalhas feminino - uma de ouro, duas de prata e duas de bronze.
A curiosidade do sábado foi o ippon que o egípcio Islam El Shehaby levou do tunisiano Faicel Jaballah. Distraído, Shehaby não percebeu que o árbitro havia reiniciado o combate, ficou reclamando de uma punição e prestando atenção em seu técnico. Jaballah partiu para cima e derrubou o rival para vencer a luta por ippon. O tunisiano negou falta de fair play e terminou o Mundial com a medalha de bronze.
DIA 7: na equipe, homens decepcionam; mulheres quase beliscam o ouro
O pódio no masculino era certo para a Confederação Brasileira de Judô, mas não foi o que aconteceu. Seguindo a fraca campanha no individual, os homens decepcionaram e caíram para a Alemanha logo na primeira rodada do Mundial por equipes. O pesado Andreas Toelzer venceu Rafael Silva na luta decisiva e conseguiu sua revanche, já que tinha perdido para o brasileiro um dia antes.
Enquanto isso, as meninas mostraram que o Mundial do Rio era realmente delas. Érika, Rafaela, Portela, Mayra, Suelen e cia. lutaram muito, passaram por Alemanha, França e Coreia do Sul para fazer a final contra as japonesas. Em uma decisão muito disputada, o ouro só foi decidido no último combate e pela diferença mínima - um shido. Megumi Tachimoto venceu Maria Suelen e fez 3 a 2 na série, dando o quarto título mundial por equipes feminino para o Japão.
fonte: globoesporte.com
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